Leve melhora no quadro de saúde de Leandro Fernandes
Algumas notícias estão correndo pela cidade sobre o estado de saúde de Leandro afirmando que ele sofreu morte cerebral e que a família não quer desligar os aparelhos que o mantém vivo.
E que essas notícias são verdadeiras porque foram fornecidas pela própria família do Leandro.
Sendo que nos relátórios da Secretaria de Saúde fornecidos para este jornal nunca foi informado que Leandro havia sofrido morte cerebral.
A reportagem resolveu procurar a a família.
Entrevistamos o tio de Leandro, Salvador Soares, comerciante na área de materiais de construção no centro de Juquitiba, irmão da mãe de Leandro.
Após relatarmos o que estava acontecendo na cidade, Salvador desmentiu totalmente, dizendo tratar-se de boatos infundados e para garantir o que dizia ligou imediatamente por celular para a sua irmã Lourdes, mãe de Leandro.
Segundo Dona Lourdes, em conversa com o médico, este informou que Leandro está reagindo bem ao tratamento, apesar ainda do caso ser grave, está em coma induzido ( leia sobre isso abaixo), teve problemas no fígado, quebrou uma costela, machucou o pumão e sua cabeça ainda está inchada.
Salvador e sua famíla estão esperançosos no tratamento aplicado e garantem que não houve morte cerebral de forma alguma, e que o resto trata-se de boatos de mal gosto.
Agradecem e a todos e pedem que continuem com a corrente de oração.
COMA INDUZIDO:
O paciente que está em coma vive um estado parecido a um sono profundo, porém, ele não pode ser acordado (se alguém chamálo, ele não vai responder) e não demonstra nenhum conhecimento de si próprio nem do ambiente ao seu redor. Por isso, os especialistas definem o coma como um estado caracterizado, principalmente, pela ausência ou extrema diminuição da consciência (nível de alerta comportamental), e pela falta de resposta aos estímulos, tanto internos quanto externos. Durante o coma, a pessoa mantém os olhos fechados e, se fizer algum movimento, este é involuntário. Também, os médicos não podem afirmar se o paciente está dormindo ou acordado. Como o estado de consciência está alterado, não é possível fazer essa diferenciação. No entanto, ainda que o paciente esteja com suas funções neurológicas prejudicadas, a participação e a atenção dos familiares no atendimento médico é muito importante. Tranqüilidade, compreensão, auxílio e carinho são fundamentais para uma possível recuperação.
O QUE PODE PROVOCAR O COMA?
Muitas doenças, lesões ou anomalias graves podem afetar o bom funcionamento do cérebro e provocar o coma.
Entre elas estão o traumatismo craniano, as reações tóxicas aos medicamentos ou a ingestão voluntária de sedativos e outras substâncias tóxicas. Os neurologistas dividem as causas que levam ao coma em três tipos: supratentoriais, infratentoriais e difusas (também chamadas de multifocais ou metabólicas). As duas primeiras levam o indivíduo ao coma, quando há lesões localizadas no encéfalo, acima ou abaixo de uma estrutura anatômica do cérebro chamada tenda do cerebelo. A difusa é conseqüência de lesões que afetam vários pontos do encéfalo (e não apenas uma determinada região), sendo que esta é mais comum. As situações clínicas que provocam esse tipo de coma são bastante abrangentes: hemorragias, tumores, infartos, traumas cranianos, insuficiências hepáticas, renal e pulmonar, intoxicações, falta de oxigenação no cérebro, entre outros comprometimentos.
O SE SENTE DURANTE PERÍODO DE COMA?
Os pacientes em coma não sentem nada e não demonstram percepção nenhuma. Mas é uma opinão que varia entre os especialistas. Apesar de não ter sido comprovado cientificamente, muitos médicos acham que os pacientes que vivem esse estado podem, sim, ouvir e perceber o mundo ao seu redor. Entretanto, alguns médicos acreditam que isso não é possível e, dependendo do grau do coma, muitos pacientes não demonstram sequer os reflexos mais primitivos, como o de evitar a dor. Segundo o neurologista Getúlio Daré Rabello, coordenador de Educação médica da Academia Brasileira de Neurologia, o paciente, realmente, não percebe nada do que está acontecendo à sua volta.
AFINAL O É COMA INDUZIDO?
O coma induzido acontece quando os especialistas recorrem às drogas sedativas para baixar o nível de consciência do paciente. Esse recurso é utilizado, normalmente, para permitir um melhor atendimento médico em determinados momentos da enfermidade. Além da diminuição da consciência, o metabolismo cerebral também é desacelerado, o que melhora a resposta terapêutica do paciente em várias situações. A encefalopatia decorrente da parada cardíaca, traumas cranianos, crise epiléptica, entre outros, são exemplos de situações nas quais é comum o coma induzido.
Fonte: Hospitais Portugueses
Por Nivaldo Ramos – Jornal O Pardal