Helicóptero cai em São Lourenço da Serra e 4 pessoas morrem!

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Quatro pessoas morreram na queda de um helicóptero em São Lourenço da Serra, na tarde do domingo dia 4 de dezembro, segundo o Corpo de Bombeiros.
De acordo com o capitão Marcos Palumbo, dos Bombeiros, morreram no acidente o piloto, uma fotógrafa que estava grávida, uma noiva e o irmão da noiva.
A noiva estava com vestido de casamento. Ela seguia para a cerimônia que estava marcada para as 16h no sítio Recanto Beija-Flor que fica na Estrada do Vargedo próximo ao local onde ocorreu o acidente.
A noiva que morreu no acidente em São Lourenço da Serra, tinha o sonho de chegar ao seu casamento de helicóptero, segundo o dono do buffet e responsável pela organização da festa, Carlos Eduardo Batista. O noivo a aguardava no altar quando soube do acidente com o helicóptero que deixou a sua futura mulher, o irmão dela, a fotógrafa do casamento, que estava grávida e o piloto, mortos.
Segundo informações da delegacia de Itapecerica da Serra, que apurou o caso, morreram no acidente:
•Peterson Pinheiro (piloto)
•Rosemeire Nascimento Silva (noiva)
•Silvano Nascimento da Silva (irmão da noiva)
•Nayla Cristina Neves Lousada (fotógrafa)
A cerimônia e a festa de casamento de Rosemeire e Udirley aconteceriam às 16h no Recanto Beija-Flor, espaço para festas de casamentos na cidade da Grande São Paulo, mesmo horário da queda da aeronave.
“O noivo não sabia que ela chegaria de helicóptero. Seria uma surpresa para ele e para todas as pessoas da festa. Todas as noivas têm um sonho e o dela era chegar de helicóptero ao seu casamento sem que ninguém soubesse”, disse Carlos, um dos poucos que sabia da surpresa para poder organizá-la.
O dono do buffet afirmou que estranhou quando o helicóptero não pousou no campo de futebol do sítio e procurou a empresa responsável pela aeronave.
“O dono disse que o helicóptero já tinha subido e que já deveria ter chegado”. “Pouco depois, ele mesmo me disse que uma aeronave tinha caído, mas que não imaginava que seria a sua própria”, completou.
Na sequência, Carlos procurou autoridades, como Bombeiros e Polícia Civil e apenas informou o noivo e os convidados que a noiva não conseguiria chegar de helicóptero como havia planejado por causa do mau tempo. Outras noivas já haviam planejado chegar de helicóptero à festa no Recanto Beija-Flor e tiveram que terminar o percurso de táxi, por exemplo, segundo Carlos.
Quando recebeu a confirmação da queda e das mortes, Carlos comunicou primeiramente ao noivo. “Chamei o pastor que estava na cerimônia e ele foi comigo comunicar para tentar acalantar o noivo. Ele ficou em estado de choque. Depois, os demais convidados [cerca de 300] souberam e ninguém sabia como agir. Foi uma tragédia”. Alguns familiares e convidados permaneceram no local da festa e outros foram embora.
O helicóptero que caiu é do modelo Robinson 44, matrícula PRTUN, segundo a Aeronáutica. De acordo com o órgão, uma equipe do Seripa IV (Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) está indo para o local para começar as investigações do acidente.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a aeronave estava com inspeção válida até 16 de dezembro, que o certificado de aeronavegabilidade estava normalizado e que poderia voar até dia 1º de fevereiro de 2017 e que a capacidade era de 3 pessoas, sem contar o piloto.
De acordo com Carlos, o helicóptero saiu de um hangar em Osasco e caiu a cerca de 2km do local da festa.
O caso será investigado pela Aeronáutica e pela delegacia de São Lourenço da Serra.
Falha humana e mau tempo
Testemunhas prestam depoimento no caso da queda de helicóptero.
O delegado Albano Fernandes, que coordena todas as delegacias da Polícia Civil na Grande São Paulo, acredita que as causas da queda foram falha humana e péssimas condições de visibilidade.
Segundo o delegado, algumas testemunhas relataram que a aeronave ficou “presa” nas nuvens baixas, sem conseguir sair do lugar. O piloto, de acordo com depoimentos, tentou fazer várias manobras para escapar da falta de visibilidade e encontrar um local para pousar. Ainda segundo testemunhas, foi numa destas manobras que a cauda do helicóptero bateu no topo de uma araucária, que é uma árvore típica de regiões de serra. O piloto perdeu o controle, o helicóptero caiu e todos a bordo morreram.
A Polícia Civil espera os laudos do Instituto Médico Legal (IML), da perícia da aeronave e da Aeronáutica para concluir a investigação.

No enterro do piloto Peterson Pinheiro, em Suzano, amigos contaram que ele tinha 33 anos e desde menino sonhava com a carreira. “Há mais ou menos dois meses ele conseguiu um emprego. Estava vendo outro como freelancer e me disse: ‘Agora acho que vou começar a me encaixar’”, afirmou Anderson do Prado Gomes, amigo de Peterson.

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