União Europeia proíbe 20 frigoríficos brasileiros de exportar frango para a região
Os países do bloco europeu votaram unanimemente a favor da retirada de 20 unidades brasileiras alegando deficiências no sistema de controle.
A União Europeia anunciou nesta quinta-feira (19) a proibição de 20 frigoríficos brasilerios de exportar frango para o bloco econômico. O embargo entrará em vigor 15 dias após a decisão ser oficialmente publicada.
A lista com as 20 unidades não foi divulgada, mas a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa os produtores nacionais de aves, informou ao G1 na quarta-feira (18) que 12 seriam da BRF, lider mundial de produção de frangos e dona das marcas Sadia e Perdigão, e 8 de outras empresas brasileiras.
Na terça-feira, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que o Brasil vai recorrer à Organização Mundial de Comércio (OMC) contra as restrições à carne brasileira pela União Europeia. Segundo Maggi, a Europa está usando preocupações sanitárias para tomar medidas comerciais contra o Brasil.
Desde a deflagração da operação Carne Fraca, em março do ano passado, a União Europeia reforçou as medidas sanitárias contra o Brasil.
Com a deflagração de uma segunda fase da operação em março deste ano, a UE passou a avaliar a necessidade de novas medidas contra o frango brasileiro. Na ocasião, a BRF foi acusada de fraudar laudos relacionados à presença de salmonela em alimentos para exportação em 4 unidades.
Para mitigar o problema, o próprio governo brasileiro suspendeu provisoriamente a exportação de 10 fábricas da BRF de frango para a Europa. No entanto, o Ministério da Agricultura liberou nesta quarta-feira as unidades para exportar para UE, mesmo admitindo que elas poderiam ser barradas pelo bloco econômico em seguida.
UE é maior importador de frango brasileiro
O Brasil é o maior exportador de frango do mundo e a União Europeia é seu principal comprador. O bloco é responsável por 7,5% do frango vendido pelo país ao exterior, em toneladas, e 11% em receita, segundo dados da ABPA.
Fonte G1 economia.